O diretor-geral do CASA, Nuno Jardim, foi entrevistado pelo semanário SOL, numa conversa em que explicou a missão da instituição e em que traçou o perfil dos utentes que pedem ajuda, estejam estes em situação de sem-abrigo ou não.
Questionado sobre se existem utentes mal-intencionados que enganam a instituição, Nuno Jardim esclarece que não se podem extrapolar casos isolados. “Não nos podemos esquecer de que pedir comida não é algo muito agradável, ainda temos vergonha. Portanto, acredito que quem o faz está, efetivamente, a passar por dificuldades”, explicou.
Sobre o perfil socioeconómico dos utentes, o diretor-geral do CASA voltou uma vez mais a referir o impacto que a pandemia teve em muitas famílias portuguesas, com destaque para os trabalhadores da área do turismo e hotelaria, assim como profissionais liberais que ainda não conseguiram “dar a volta”.
Sobre o apoio a nível institucional, Nuno Jardim sublinha: “os Governos têm vindo a ouvir-nos cada vez mais.” Porém, deixa a ressalva: “Sobre se é necessário fazer mais, não há grande volta a dar: cada vez vai havendo mais respostas, mas nunca chegam”.
A missão do CASA? “Apoiar todos aqueles que estejam em situação de carência socioeconómica, sejam eles sem-abrigo ou indivíduos e famílias necessitadas”, resume o diretor-geral, sublinhando que a ajuda é prestada “independentemente das opiniões, do género, do credo religioso, da orientação sexual.” “Tudo isto é irrelevante, o que importa é que precisam de ajuda”, refere.
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