Na rua, a servir refeições quentes, 365 dias por ano

Pobreza “tende a ser persistente ao longo da vida e a reproduzir-se entre gerações”

A pobreza e o problema das pessoas em situação de sem-abrigo foi tema de um trabalho jornalístico publicado pelo semanário Nascer do SOL que recorreu ao CASA por ser uma instituição que conhece bem a realidade dos mais carenciados em vários pontos do país.

O artigo começa por referir os dados do portal da Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA), que davam conta de 8.209 pessoas em situação de sem-abrigo no nosso país (dados atualizados de 275 concelhos até ao dia 31 de dezembro de 2020).

Tendo Lisboa como exemplo, é referido neste artigo que os voluntários do CASA “concluem que a fome tem vindo a aumentar na capital”. “As famílias vêm à rua à procura de comida. Todos aqueles que viviam da hotelaria e do turismo, principalmente, têm estado mal”, explica o diretor-geral do CASA, Nuno Jardim.

A realidade que os voluntários percepcionam empiricamente é corroborada pelas estatísticas citadas no artigo: “De acordo com a ENIPSSA, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) é a zona que concentra o maior número de pessoas em situação de sem-abrigo no país: 3.665 sem casa e 1.121 sem teto. A grande maioria (4.786) está localizada no concelho de Lisboa.”

O mesmo artigo caracteriza a pobreza em Portugal e cita Fernando Diogo, professor de Sociologia da Universidade dos Açores e coordenador do estudo A Pobreza em Portugal – Trajetos e Quotidianos, da Fundação Francisco Manuel dos Santos: “Uma coisa que caracteriza muito a pobreza em Portugal é que é tradicional: tende a ser persistente ao longo da vida e a reproduzir-se entre gerações. Isso não significa que não haja pessoas que ingressaram há pouco tempo na pobreza, mas a maior parte das pessoas sempre a viveu.”

Leia aqui o artigo completo.

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