Um terço das mortes de pessoas em situação de sem-abrigo deve-se a causas que podiam ser evitadas com melhores cuidados de saúde
Na passada quinta-feira, dia 7 de abril, assinalou-se o Dia Mundial da Saúde e, de acordo com FEANTSA – Federação Europeia de Organizações Nacionais que Trabalham com os Sem-Abrigo, as pessoas em situação de sem-abrigo na Europa enfrentam enormes barreiras e obstáculos ao acesso aos cuidados de saúde, o que resulta numa idade média de morte de 43 anos para as mulheres e 47 para os homens.
De acordo com alguns dados recolhidos pela FEANTSA, um terço das mortes de pessoas em situação de sem-abrigo na Europa deve-se a causas que podiam ser evitadas com aposta na prevenção e em cuidados de saúde eficazes.
A taxa de mortalidade devido a cancro é duas vezes maior em comparação com a população adulta geral em países mais desenvolvidos.
A associação realça ainda que a pandemia de Covid19 marginalizou ainda mais as pessoas que vivem em situação de rua, enquanto o impacto na saúde mental foi enorme.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a poluição do ar mata 13 pessoas a cada minuto, sendo que as pessoas que dormem na rua estão mais expostas a estes riscos.
A pobreza energética é outro dos pontos abordados pela FEANTSA, que sublinha que a falta de aquecimento e de condições nas habitações resulta num deterioramento do estado de saúde, provocando mais lesões.
A Federação Europeia de Organizações Nacionais que Trabalham com os Sem-Abrigo termina a dizer que é urgente combater a desigualdade no acesso aos cuidados de saúde de forma a reduzir desigualdades e apoiar famílias mais vulneráveis.
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Ser voluntário é dar uma ajuda aos que mais precisam, um apoio vital quando tudo o resto falhou, uma esperança de que se pode dar a volta e fazer com que a população em situação de sem-abrigo fique mais perto da reinserção e de sair da rua.