Novembro 23, 2024

CASA participou na sessão ‘Transformando o Serviço Social com o Poder do Trabalho Juvenil’, em Budapeste

Entre os dias 14 e 18 de outubro, 35 jovens profissionais de 15 países europeus diferentes reuniram-se em Budapeste para participar na sessão de estudo “Transforming Social work with the power of youth work”.

A sessão foi realizada em cooperação entre a FEANTSA Youth e o co_youth, que acolheu os participantes. A formação teve como objetivo capacitar profissionais que trabalham com jovens sem-abrigo e, durante os cinco dias, os participantes discutiram entre si os contextos de trabalho, trocaram boas práticas, aprenderam sobre o trabalho com jovens e como este se relaciona com o trabalho social, e conceberam um plano de acção para trazer de volta para as suas instituições.

“Foi uma experiência muito enriquecedora, possibilitando a aprendizagem de mecanismos de ação, formas de intervenção e dinâmicas organizacionais das várias realidades de países diferentes. Para além de toda a componente de aprendizagem, foram criadas ligações pessoais, amizades e partilhas que, certamente se irão manter de agora em diante. No final das contas, o trabalho social é isto mesmo, conexões, confiança e apoio mútuo uns pelos outros”, conta Catarina, colaboradora da delegação do CASA de Albufeira, que esteve presente nesta sessão em Budapeste.

Joana Coelho, colabora do CASA Cascais, também participou nesta sessão e deixa aqui o seu testemunnho:

No mês passado tive a oportunidade de participar numa formação organizada pela FEANTSA (European Federation of National Organisations Working with the Homeless) em colaboração com o Conselho da Europa.

O uso de métodos informais de trabalho foi central na estrutura da sessão. O foco no trabalho colaborativo e nas dinâmicas de grupo entre pessoas de várias nacionalidades trouxe uma série de benefícios:

– A presença de pessoas de diferentes contextos e países ampliou o alcance das discussões, proporcionando uma visão abrangente das diferentes abordagens europeias na resposta ao problema dos jovens em situação de sem-abrigo.

– A troca de ideias num ambiente informal e de confiança facilitou a criação de redes de apoio e colaboração entre as diversas organizações presentes.

– O trabalho em grupo, realizado de forma dinâmica, fomentou o surgimento de soluções criativas, com base na partilha de práticas em diferentes realidades.
Contudo durante a sessão foi possível identificar alguns desafios comuns enfrentados pelos jovens em situação de sem-abrigo nos diversos contextos, tais como:

– A complexidade das causas do fenómeno do sem-abrigo jovem, que abrange fatores como a pobreza, desemprego, famílias disfuncionais e exclusão social.

– Desigualdade no acesso a serviços de apoio, incluindo habitação acessível, educação e saúde mental;

– Falta de financiamento adequado e contínuo para programas de apoio a longo prazo;

-Falta de recursos financeiros e humanos.

Este processo de aprendizagem prática e cooperativa foi um dos aspetos mais marcantes da sessão. No entanto é interessante perceber e refletir sobre os diferentes contextos organizacionais/ culturais, como uma clara disparidade entre as organizações presentes, sobretudo no que toca ao acesso a recursos e à capacidade de implementação de projetos. A maioria dos países tem um foco considerável no trabalho preventivo, enquanto na nossa realidade, a intervenção ocorre maioritariamente em contextos de crise e emergência.

A troca de práticas/ profissionais permitiu um desenvolvimento mútuo, a partilha de projetos colaborativos evidenciou o poder da cooperação entre países na abordagem de problemas sociais complexos. É interessante refletir sobre a aplicabilidade da metodologia usada ao longo das dinâmicas da semana em diferentes contextos, tanto no nosso trabalho diário como em projetos futuros. A capacidade de adaptação e a experiência de trabalhar em ambientes multiculturais e informais podem ser muito valiosas para o desenvolvimento de políticas mais inclusivas e eficazes no âmbito social.

Ainda há um longo caminho a percorrer no mundo social em Portugal, sendo que muito depende de uma aposta em respostas e projetos preventivos, em vez de continuarmos a responder exclusivamente em contextos de crise e emergência.

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