Portugal é um dos países com uma das taxas de voluntariado mais baixas da Europa, com uma taxa de participação de 6%. Ocupa a 26ª posição em 28. Uma reportagem da Sic Notícias mostra o dia a dia de algumas das equipas de voluntariado do CASA espalhadas pelo país.

Em Cascais, por exemplo, a delegação conta com a ajuda de 130 voluntários, que todos os dias distribuem perto de 200 refeições por 94 pessoas que estão identificadas no concelho como sendo sem-abrigo. Para além disso apoia ainda 82 famílias com cabazes mensais. Helena Semblano foi farmacêutica. Agora que está reformada e ajuda diariamente o CASA ao preparar dezenas de refeições todos os dias na sua casa com produtos doados e outros que compra por iniciativa própria. Faz cerca de 50 refeições por semana para complementar o que todos os dias é distribuído nas ruas de Cascais.

O principal ponto de paragem para distribuir alimentos é junto à Baía de Cascais, onde em média são distribuídas cerca de 40 refeições por dia. “São pessoas referenciadas e que estão espalhadas ao longo do concelho de Cascais”, diz Dulce Monteiro, voluntária do CASA Cascais, que afirma ainda que existe um cuidado que vai para além da entrega das refeições que passa por conversar com estas pessoas que estão em situação fragilizada.

Ana Geraldes, uma das beneficiárias do CASA e que mora num carro há mais de 7 anos, conta à equipa de reportagem da SIC Notícias que para além da alimentação todos os dias “leva também muita amizade e muito carinho”.

Em Lisboa o número de refeições que diariamente são distribuídas aumenta substancialmente, subindo para 360 refeições só no período da noite. Filomena Cotrim, umas das voluntárias do CASA em Lisboa, conta que cada vez encontra mais emigrantes nas ruas da capital, e que muitos trabalham para empresas que entregam compras nas casas das pessoas, mas que dado o preço da habitação acabam por passar por enormes dificuldades.

Elisabete Gonçalves também faz voluntariado no CASA Lisboa e todas as quartas-feiras desloca-se na sua viatura para distribuir uma necessidade que rapidamente identificou quando começou a fazer voluntariado: a falta de roupa interior.

Com a chegada do verão aumenta a preocupação destas equipas que todos os dias saem do seu conforto para ajudar quem mais precisa, já que o número de voluntários tradicionalmente diminui nesta época.