Para assinalar os 20 anos de vida do CASA pedimos aos nossos coordenadores e voluntários das várias delegações espalhadas por todo o país que nos contassem um pouco mais sobre as suas experiências nesta missão que é ajudar quem mais precisa.
Parece que foi ontem, a primeira conversa para o voluntariado, a ansiedade pela espera de um telefonema… até o dia em que aconteceu… lá se vão quatro anos e aqui permaneço.
Considero o CASA, além de um apoio primordial ao sem abrigo, considerando aqueles que têm necessidades alimentares, de vestuário, de assistência médica e psicológica mas também para aqueles que buscam um “abrigo” para poder ajudar a quem mais necessita.
A comprovação disto é que aqui encontrei amigos, solidariedade, carinho e amor, transformando o CASA numa extensão da minha morada.
Toda a atividade no CASA é intensa, é um tacho de emoções num só dia onde se vivência da alegria à tristeza. Alegria por ver o seu trabalho com os utentes se tornar realidade e assim amenizar o fardo que carregam. Choro por ver pessoas que por tanto tempo conviveram consigo e de repente…pararem.
O que mais me marcou, foi um período em que praticamente não podíamos contar com os parceiros fornecedores da alimentação e ver as pessoas na fila aguardando alimentação e a equipe se unir para cozinhar e improvisar de forma a permitr a cada um que do CASA dependia sua subsistência, levar o mínimo necessário para superar os dias difceis e,…ao final do expediente, ver que a equipe embora cansada, ainda mantinha um sorriso de satisfação pelo dever cumprido por mais um dia. Isso é o CASA, isso somos todos nós!
Texto por Maria Eunice Mendanha Neves, Voluntária da delegação e Albufeira.